O sistema radicular do sorgo é tido como o principal responsável pela sua tolerância à seca. Isso é mito ou realidade?
Comparando-se as raízes primárias de milho e de sorgo, ambas as culturas apresentam raízes primárias de tamanho semelhante. No entanto, o sorgo se destaca pela quantidade e extensão das raízes secundárias, que formam uma rede mais densa e profunda, permitindo uma exploração maior do solo em busca de água. Além disso, o sistema radicular do sorgo é mais extenso, fibroso e possui um maior número de pelos absorventes, que aumentam significativamente a área de contato da raiz com o solo, otimizando a absorção de água e nutrientes, mesmo em solos secos.
Os tipos de raízes encontradas no sorgo são:
Primárias ou seminais, secundárias e adventícias.
As primárias podem ser uma ou várias, são pouco ramificadas e morrem após o desenvolvimento das raízes secundarias.
As secundarias desenvolvem no primeiro nó, são bastante ramificadas e formam o sistema radicular principal.
Já as adventícias podem aparecer nos nós acima do solo, como suporte.
Além de absorver água e nutrientes, as raízes do sorgo desempenham um papel crucial na fixação da planta ao solo, garantindo sua estabilidade em condições adversas, como ventos fortes. As raízes do Sorgo também desempenham uma função fundamental no processo de descompactação do solo. Ao se desenvolverem, elas penetram nas camadas mais profundas do solo, exercendo uma força que rompe as partículas compactadas. Essa ação é especialmente importante em solos que sofreram compactação devido ao tráfego de máquinas agrícolas, pisoteio de animais ou outras atividades.
O sistema radicular do sorgo, com sua profundidade, extensão e densa ramificação, é, sem dúvida, um dos principais atributos que conferem a essa cultura uma notável tolerância à seca. Essa característica o torna uma escolha promissora para a agricultura em regiões com escassez hídrica.
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Fonte: Embrapa
